Um dos assuntos mais comentados no cenário político é a questão da Reforma Previdenciária, aprovada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), no último dia 24 de abril. Nessa terça-feira (30), o assunto foi debatido durante a Sessão Ordinária, na Câmara Municipal de Santa Rita.
Se o projeto do Governo Federal for aprovado, poderão se aposentar aos 65 anos de idade, se for homem, e 62 anos, se for mulher, isso depois de terem contribuído por pelo menos 30 anos para a Previdência (mulheres) ou 35 anos (homens).
Para o vereador Marcos Farias do PC do B, alguns pontos da reforma são preocupantes. Ele comentou que, caso o trabalhador peça a antecipação desse processo, terá que abrir mão de 40% do valor total. Ou seja, ganhariam apenas R$ 600,00 e não R$ 997,00. E lembrou que o FGTS, um modo de depósito do trabalhador enquanto está empregado, terá fim.
“Você trabalha 10,20,30 anos, na esperança de quando sair, recorrer a essa poupança e mais 40% desse total, que é concedida pelo empresário. Mas, que infelizmente dentro dessa Reforma, está a retirada desse procedimento”, ressaltou.
A advogada Josicleide Vicente é especilista em Direito Previdênciário. Ela explicou um pouco do atual cenário e como pode ficar a situação do trabalhador, caso a Reforma seja aprovada.
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Algo preocupa também o servidor público. Um dos profissionais que podem ser diretamente prejudicados são os da Educação, que inclusive estão com uma paralisação programada para o dia 15 deste mês. O presidente do Sindicato dos Servidores Municipais de Santa Rita, José Farias classificou a aprovação como algo ofensivo à categoria.
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O processo de reforma segue agora para a Câmara dos Deputados. O presidente da Casa, Rodrigo Maia, reafirmou nessa segunda-feira (29) que vai trabalhar para aprovar a reforma da Previdência até o fim do semestre.