Do G1 PB
Pessoas com deficiência que desejam entrar para o mercado de trabalho e conquistar uma vaga de emprego em Campina Grande estão com dificuldades na emissão de laudos comprobatórios após a suspensão do serviço em uma das instituições responsáveis por esses laudos. De acordo com a Escola Papel Marchê, uma ONG que, por meio de um convênio com a Secretaria de Estado da Educação (SEE), prestava o serviço de emissão desses laudos na cidade, a não renovação do convênio levou à paralisação do serviço desde o dia 23 de agosto deste ano.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado da Educação, que informou que foi feito um novo convênio com a Escola Papel Marchê, mas que o processo continua em tramitação na Secretaria. Conforme a assessoria, para que o contrato seja firmado novamente com a instituição, é preciso a assinatura do secretário de Educação, mas isso ainda não foi possível devido à tramitação do processo.
A psicóloga e presidente da Escola Papel Marchê, Érica Matias Souza Dias, explicou que parou com o serviço de emissão de laudos porque o convênio, firmado há mais de nove anos com a Secretaria de Estado da Saúde, não foi renovado há oito meses.
“Nós somos uma entidade sem fins econômicos e há nove anos estamos periciando as pessoas com deficiência em Campina Grande porque esse serviço é de responsabilidade da Funad, que tem sede em João Pessoa. O Estado nos convidou pra fazer esse trabalho, porque as equipes da Funad [Fundação Centro Integrado de Apoio à Pessoa com Deficiência] não poderiam vir toda semana em Campina fazer esse trabalho, então através de um convênio com a Secretaria, que antes era apenas pra atender as crianças com transtornos, a gente acabou fazendo o trabalho de laudar os adultos com deficiência, para ajudar na inserção no mercado de trabalho”, disse Érica Matias.
(…)