Chegamos finalmente ao ano de 2021 e já iniciamos falando de um assunto de extrema importância: A saúde mental, através da campanha Janeiro Branco. A cada dia e com o desenrolar da pandemia, especificamente, pode-se ver o intenso crescimento de doenças mentais, principalmente a depressão e a ansiedade. Mas será que é possível uma correlação dessas doenças com a alimentação e especificamente com a saúde intestinal? A resposta é sim, a ciência a cada dia vem identificando as conexões existentes entre o intestino e o cérebro. Então vamos lá destrinchar um pouco desse assunto.
“Todas as doenças começam no intestino” Hipócrates, pai da medicina
O intestino faz parte do sistema digestório, mas suas funções vão além da digestão, absorção e excreção dos nutrientes. Ele também atua na defesa do organismo e entre os fatores responsáveis por essa proteção é a microbiot intestinal.
A microbiota intestinal é formada por colônias de microorganismo benéficos e patológicos, dependendo do equilíbrio entre esses grupos o corpo pode ser saudável ou doente. O aumento de microorganismos patogênicos e a diminuição dos benéficos é chamado de Disbiose, nessa situação ocorre a presença de alterações inflamatórias e imunológicas que estão correlacionadas ao desenvolvimento de varias sintomas, como: dor abdominal, constipação, flatulência, diarréia, infecções do trato geniturinário, entre outros. Além dessas alterações as doenças mentais estão associadas a esse desequilíbrio.
A imagem acima descreve alguns fatores predisponentes para alterações na microbiota, entre eles e em destaque estão os hábitos de vida, como a alimentação inadequada, o tabagismo, o etilismo, o estresse, excesso de exercícios, além de uso indiscriminado de medicamentos como antibióticos, corticóides e laxantes.
Quanto ao aspecto alimentar, a mudança de hábitos é fundamental para o equilíbrio da microbiota intestinal:
– Aumento do consumo de frutas e vegetais;
– Aumento do consumo de alimentos in natura em detrimento da redução de industrializados;
– Aumento do consumo de fibras, principalmente presente nos cereais integrais;
– Consumir probióticos, prebióticos e simbióticos para reestabelecer o equilíbrio da microbiota. Probióticos são microorganismos benefícios principalmente os lactobacilus e os bifidusbactérias. Os prebióticos são carboidratos não digeríveis que servem de alimento aos microorganismos e os Simbióticos são compostos pelos pré e probióticos, são mais completos e por isso possuem um efeito mais eficaz.
Para finalizar esse assunto tão vasto, podemos resumir que a nossa microbiota intestinal se altera de acordo com os nossos hábitos de vida e de saúde, por isso boas escolhas de vida farão toda diferença para a qualidade de vida e manutenção da saúde física e mental.
Vamos aproveitar o inicio do ano para cultivar bons costumes! Para saber melhor sobre a saúde intestinal e como tratar e prevenir doenças, entre elas as mentais, através de abordagens nutricionais consulte um profissional de nutrição. Ótimo ano a todos e todas nós.
Base de pesquisa:
– SILVA, B.P; ET AL. MICROBIOTA INTESTINAL E SUA RELAÇÃO COM O TRANSTORNO DE ANSIEDADE. Rev. Conexão Eletrônica – Três Lagoas, MS – Volume 16 – Número 1 – Ano 2019. Ciências Biológicas e Ciências da Saúde.
– SILVESTRE, C.M.R.F; ET AL. O DIÁLOGO ENTRE O CÉREBRO E O INTESTINO – QUAL O PAPEL DOS PROBIÓTICOS? Dissertação, Lisboa, 2015.
– JASPER, S.D. RELAÇÃO MICROBIOTA INTESTINAL E A SAÚDE MENTAL, Lages, 2019.
– Imagens: Google Imagens.