InícioCidadesGreve dos motoristas de ônibus afeta moradores da região metropolitana de João...

Greve dos motoristas de ônibus afeta moradores da região metropolitana de João Pessoa.

Os motoristas de ônibus de João Pessoa decidiram manter a greve iniciada na manhã desta segunda-feira (27), após rejeitarem a proposta de reajuste salarial de 5% apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de João Pessoa (Sintur-JP). A paralisação tem impacto direto na rotina de moradores das cidades da região metropolitana, como Santa Rita, Bayeux, Cabedelo e Conde, que dependem do transporte público para trabalhar e realizar outras atividades na capital.

A greve ocorre em meio a negociações salariais entre a categoria e as empresas. Os motoristas reivindicam um aumento de 15%, a retomada do vale alimentação e o fim da dupla jornada. Durante uma audiência de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho da 13ª Região (TRT-13), foi apresentada uma proposta intermediária que incluía reajuste de 6%, vale alimentação no valor de R$ 570 e adicional de R$ 150 para motoristas que também atuam como cobradores. No entanto, a proposta foi recusada pelo Sintur-JP, e o impasse permanece.

Pedro Macena mora em Santa Rita e trabalha em uma fábrica de móveis na capital e diz que se sente muito prejudicado com toda essa situação, mas que entende a reivindicação do motoristas, “Essa greve é ruim porque atrapalha a vida do cidadão de bem que quer trabalhar, mas é necessária porque os motoristas precisam receber um salário justo”, afirmou.

Apesar de uma decisão judicial que exige a circulação de 60% da frota durante a greve, muitos passageiros enfrentaram dificuldades na manhã de segunda-feira. O Sintur-JP acusa o sindicato dos motoristas de impedir a saída dos veículos das garagens, enquanto o sindicato alega que a adesão à greve é motivada pela revolta da categoria.

O problema é agravado pelo recente aumento da tarifa de ônibus, que subiu de R$ 4,90 para R$ 5,20 em 13 de janeiro, sem que houvesse reajustes salariais para os motoristas. Para os trabalhadores das cidades vizinhas, que dependem diariamente do transporte público, o aumento da passagem já representa um desafio financeiro, agora ampliado pelos transtornos causados pela paralisação.

Entre as principais reivindicações da categoria estão:

  • Reajuste de 15% no piso salarial;
  • Aumento de 81% no valor do auxílio-alimentação;
  • Elevação de 150% na gratificação;
  • Inclusão de plano odontológico;
  • Plano de saúde.

A situação ressalta a importância de uma negociação mais efetiva entre trabalhadores e empresas, dado que os impactos da greve atingem não apenas os motoristas, mas também milhares de pessoas que utilizam o transporte público na capital e em sua região metropolitana. Uma nova audiência de conciliação está agendada para quarta-feira (29), com a expectativa de avanços para minimizar os prejuízos à população.

Redação
Redação
Envie sua matéria para nossa redação: portal@santaritaemfoco.com.br