Um grupo formado educadores, artistas, produtores culturais e moradores de Santa Rita se reuniu, na ultima terça (28), no Instituto Amaro da Luz, no bairro de Tibiri, para debater os principais pontos do conceito de “tibirilidade”. O termo, que deriva do nome do bairro, foi abordado em um texto do pesquisador Severo Félix relaciona identidade, cultura, comércio, o sentimento de pertencimento e dinamicidade da comunidade local.
Durante a reunião, os participantes debateram a relação entre língua e poder, a importância da diversidade linguística e os processos de formação de novas palavras. Além disso, o encontro explorou como a expressão “Tibirilidade” se tornou um símbolo das vivências e lutas dos moradores, sendo reconhecida oficialmente por leis municipais e estaduais. Os participantes também discutiram o fato de a imprensa local dar destaque para notícias sobre violência, tráfico e criminalidade em Tibiri, enquanto iniciativas positivas e o potencial do bairro raramente são pautados.
Sobre o encontro, o cantor e compositor Robson Feoli afirmou que “Nossa roda de conversa sobre o texto desenvolvido por Severo Felix, foi muito esclarecedora. Aumentou nossa percepção sobre a autenticidade do termo tibirilidade. Reforçou, para mim, essa identificação”, disse.
Sandra Alves, produtora cultural, empreendedora do bairro de Tibiri e uma das idealizadoras do movimento da tibirilidade, elogiou o texto do autor e relembrou o significado do termo, “O texto de Severo sintetizou muito bem o que o termo representa. Ele está de parabéns! A palavra carrega em si as histórias, lutas, sonhos e conquistas de quem vive em Tibiri, ressignificando a forma como o bairro é percebido. Vai além da geografia e do nome oficial, tornando-se um símbolo da diversidade, da economia local, das manifestações culturais e da força comunitária que moldam a região”, afirmou.
Confira o texto na integra:
O encontro fez parte de uma série de discussões sobre o papel da linguagem na construção da identidade cultural e social de Santa Rita. A expectativa dos organizadores é que o debate gere reflexões sobre o impacto da língua no cotidiano e no reconhecimento das particularidades da comunidade de Tibiri.