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Alienação Parental: Consequências psicológicas na criança

O que é Alienação Parental?

A alienação parental pode ser compreendida como ato que parte do responsável da criança e do adolescente para o outro genitor através da alienação. Esta ocorre sem que necessariamente aja laços consanguíneos. No entanto observa-se que este tem maior ocorrência entre pais e mães. Este ato tem como objetivo levar a criança ou adolescente a cometer atos contra aquele ou aquela pessoa cujo responsável tenha um conflito interno.

Estes conflitos podem ser ocasionados por diversos motivos, o divórcio tem sido um dos principais fatores para decorrência destes fatos, pois, por vezes este ocorre através de conflitos que não foram resolvidos em todo o processo.  Desta forma, ocasionando o que conhecemos como Síndrome da Alienação Parental (SAP), no qual esta tem ligação direta com os pensamentos e atos que o seu responsável coloca como verdades, ainda que não tenham fundamento para a criança ou adolescente.

Estes por sua vez, passam a ‘’ odiar’’ aqueles alvos de alienação. O responsável alienador cria falsas ideais de que aquele para quem é direcionada, é perigoso, não o ama ou é indigno, coagindo assim a criança ou adolescente a se afastar do outro genitor.

Alguns comportamentos recorrentes são:

  • Desobediência
  • Agressão verbal ou física;
  • Solidão;

Quais as consequências psicológicas da Alienação Parental na criança?

As crianças e adolescentes que estão vivenciando uma situação de alienação ou passaram por ela, ocasionalmente sofrem de sinais e sintomas psicossomáticos. Estes sintomas estão relacionados a junção dos aspectos fisiológicos e psicológicos.

O desenvolvimento de transtornos de ansiedade, depressão, distúrbios alimentares são sinais que devem ser observados caso seja comprovada a ocorrência da alienação parental.  Portanto, identificar e tratar esses sintomas são de extrema importância no trabalho com essas crianças e adolescentes.

Alguns sinais apresentados são:

  • Dificuldade nas interações entre os colegas;
  • Baixo rendimento em sala de aula;
  • Baixa concentração nas atividades realizadas
  • Isolamento Social
  • Pode desenvolver sedentarismo, comprometendo o corpo com outras doenças físicas;

Portanto, é necessário que durante o processo de divórcio ambas as partes estejam de acordo para que esse momento da separação, não venha repercutir na relação entre pais e filhos. Pós-divórcio os mesmos continuarão pai e a mãe da criança, este vínculo permanecerá para sempre.

É importante manter as relações saudáveis para que esse filho compreenda essa nova fase, ou seja, seus respectivos pais não são mais um casal. Por sua vez, os mesmos (genitores) devem buscar auxilio para se cuidar, para esta bem consigo mesmo, para suas relações com seus filhos, enquanto cuidadores homem/mulher.

Os responsáveis tem os deveres cominados para cuidar da criança, incluindo proteção, alimentação, moradia, e a participação no desenvolvimento da infância e adolescência.

 

Produzido pelas psicólogas Suellen Lima e Elida Barbosa.

Elida Barbosa
Elida Barbosa
Élida Barbosa é Psicóloga clínica e escola e terapeuta Aba, atua no desenvolvimento infantil e adolescente. Graduada pela faculdade Maurício de Nassau e tem capacitação em Aba e Denver. Desenvolve projetos das emoções nas escolas.