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A revolução de 1817 contou com a participação de moradores ilustres de Santa Rita

O mês passado comemorou 203 anos da Revolução Pernambucana, pouco se falou sobre este movimento, menos ainda da participação de paraibanos dentro deste movimento revolucionário. Na época, a Paraíba era governada por um triunvirato, governo de três pessoas, a administração do Príncipe Regente de Portugal, Dom João VI, desagradava os “nordestinos” por seu aumento de impostos para construir a Corte no Rio de Janeiro, em um momento de crise.

A situação de exploração pelo aumento de impostos, no momento em que nordeste enfrentava a consequência da seca de 1816 e a concorrência do açúcar internacional, tudo isso, atingia os produtores de açúcar e de algodão no que viria a ser o Nordeste brasileiro, culminando em uma revolta que anos mais tarde foi titulada de Revolução Pernambucana. No entanto, este movimento revolucionário, atingia uma área bem maior do que a Província de Pernambuco, e tinha como pretensão libertá-la do domínio da metrópole, Portugal, a área que atingia Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, parte da Bahia e parte do território de Alagoas, que antes estes dois últimos eram comarca da Província de Pernambuco, tornariam um país.

A Revolução de 1817 teve a participação de vários paraibanos, entre eles: José Peregrino Xavier de Carvalho, que teve a missão de auxiliar os revolucionários no Rio Grande do Norte, mas terminou preso em sua residência no Beco da Misericórdia, que hoje a rua tem seu nome, localizada no Centro da Capital paraibana. Além, de dois homens que viviam em Santa Rita, o Coronel Amaro Gomes Coutinho, proprietário do Engenho do Meio (Engenho São Gabriel) que fora condenado à pena de morte em Recife, teve sua cabeça exposta tanto em Recife quando na Paraíba, para servir de exemplo para todos aqueles que pensassem em se revoltar contra a Coroa Portuguesa, estabelecida no Brasil desde de o ano de 1808. O segundo morador de Santa Rita foi o dono do Engenho Tibiri, Coronel Estevão José Carneiro da Cunha, que conseguiu fugir para a Inglaterra, teve seus bens confiscados e leiloados. Voltou ao Brasil após o exílio da família real, tornou-se político, chegando a ser Presidente da Paraíba, entre os anos de 1822 a 1824.

 

Veja fragmentos de um documento da defensa do Coronel Estevão José Carneiro da Cunha, disponibilizado no site http://objdigital.bn.br/

Para aprofundamento assista ao vídeo abaixo:

 

Siéllysson Francisco da Silva
Siéllysson Francisco da Silva
Siéllysson Francisco é mestre em Ciências das Religiões, Historiador, Cronista e Poeta.