Recentemente assisti ao filme Um Homem Diferente, escrito e dirigido por Aaron Schimberg, disponível nas plataformas digitais. A obra configura-se como um drama psicológico com traços de suspense e toques sutis de humor, abordando de forma sensível e instigante questões como identidade, aceitação e autoestima, sem recorrer aos clichês do melodrama que eu imaginei que o filme iria abordar.
A narrativa acompanha Edward, vivido por Sebastian Stan, um homem com deformidades faciais severas que, após um tratamento experimental, adquire uma aparência socialmente aceita. Em busca de reconstruir sua vida e identidade, Edward adota um novo nome: Guy. No entanto, o que seria uma libertação se revela um processo doloroso de questionamento interno, à medida que ele se depara com a representação teatral de sua antiga vida, protagonizada por um ator com traços físicos semelhantes aos seus.
Diferente de outras produções que enfatizam a exclusão social, o longa propõe uma reflexão mais profunda: não sobre o sofrimento externo, mas sobre a tentativa de reencontro com a própria essência. A direção cuidadosa e as atuações convincentes aproximam o filme de obras clássicas como O Homem Elefante e Frankenstein, porém sob uma ótica contemporânea e introspectiva.
Para quem se interessa por histórias que exploram as complexidades da identidade humana, Um Homem Diferente representa uma experiência cinematográfica densa e provocativa.
Data de lançamento: 21 de janeiro de 2024 (mundial)
Diretor: Aaron Schimberg
Indicações: Oscar de Melhor Maquiagem
Prêmios: Urso de Prata de Melhor Atuação Principal, MAIS
Duração: 1h 52m
Gêneros: Drama, Suspense